sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dilma assina MP que autoriza Correios a terem agências no exterior e serem sócios do Trem-Bala

A presidenta Dilma Rousseff assinou hoje Medida Provisória que moderniza e flexibiliza as operações dos Correios.

Com essa MP, os Correios poderão ter subsidiárias e participações minoritárias em empresas aqui e no exterior, além de poderem expandir sua atuação em outras áreas, como em logística e em telefonia.

Dessa forma, os Correios passam a estar autorizados a ter uma participação em um dos consórcios que irão disputar a a licitação do serviço de transporte de cargas do Trem de Alta Velocidade que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro.

O governo tinha decidido incluir os Correios nessa disputa, mas faltava a autorização legal. O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, já tinha inclusive feito uma consulta ao presidente da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Bernardo Figueiredo, para a inclusão da estatal na licitação do trem-bala.

A MP expande também o universo de atuação dos Correios, que deixam de ser uma empresa pública de direito privado para se transformar numa S.A de capital fechado.

Dentro de alguns dias, os Correios vão publicar o balanço referente a 2010, que apresentou um lucro de cerca de R$ 800 milhões.

A MP também abre a possibilidade de os Correios criar um Banco Postal, sem a parceria com bancos privados, como ocorre hoje com o Bradesco.

Hoje, inclusive foi publicado no Diário Oficial da União licitação para um novo contrato do Banco Postal.

Guilherme Barros | quinta-feira, 28 de abril de 2011 | 21:31

http://colunistas.ig.com.br/guilhermebarros/2011/04/28/dilma-assina-mp-que-autoriza-correios-a-terem-agencias-no-exterior-e-ser-socio-do-trem-bala/

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Privatizações e redução de salários: Mais austeridade na Grécia

Um ano após a entrada do FMI, a situação econômica e financeira da Grécia continua a agravar-se. Sem encarar outro tipo de soluções, o governo social-democrata de Papandreou anunciou, dia 15, um novo pacote de austeridade que inclui um vasto programa de privatizações, bem como cortes draconianos nas despesas sociais, nos salários da função pública e nas pensões.

Ao todo, o executivo pretende obter 76 mil milhões de euros com a diminuição da despesa e o produto da venda de empresas e participações do Estado. Assim, espera uma receita de 50 mil milhões com a venda de ativos até 2015, e poupanças de 1,2 mil milhões (0,5% do PIB) no orçamento da Defesa, dois mil milhões (0.9 % do PIB) com a redução de salários e ainda 2,5 mil milhões (1,1% do PIB) no pagamento de pensões.

Embora as medidas concretas só sejam anunciadas depois da Páscoa, fontes governamentais indicam que está previsto o aumento da jornada semanal de trabalho na função pública das atuais 37,5 horas para as 40.

O plano de privatizações irá beneficiar, em primeiro lugar, os monopólios estrangeiros que já hoje detêm parte do capital das empresas públicas gregas. É o caso da elétrica nacional, DEI, na qual o Estado vai reduzir de 51 para 34% a sua participação, permitindo que o grupo britânico Public Power Corporation aumente a sua quota.

O mesmo se passa nas telecomunicações: o Estado reduz a sua parte para 20%, deixando a empresa nas mãos da Deutsche Telekom, que já hoje é acionista majoritário.

Portos e aeroportos estão igualmente incluídos, prevendo-se que o grupo alemão Hochtief que gere o aeroporto de Atenas venha a beneficiar de um alargamento das concessões.

As privatizações incidem ainda sobre a companhia de estrada-de-ferro Trainose, a companhia de gás Depa, a caixa de depósitos e o banco postal, cassinos, fábricas de armamento, etc.

O governo grego procura fazer crer que este plano irá finalmente relançar a economia e sanear as finanças públicas, mas poucos acreditarão que a drástica redução o poder de compra da população possa estimular a atividade econômica ou que a venda de empresas públicas rentáveis seja um bom negócio para o Estado.

Fonte: Avante! | 21 de Abril de 2011 - 13h24

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=2&id_noticia=152493

sexta-feira, 15 de abril de 2011

A nova Telebrás e o PNBL

A universalização da banda larga exigiu um esforço intenso para recuperar a Telebras.

Antiga holding do setor, com a privatização acabou quase sem função. Para dar conta das novas atribuições, decidiu-se montar um corpo técnico competente e trabalhar fundamentalmente com parceiros privados.

Segundo o presidente da Telebras, Rogério Santana, a empresa conseguiu bons técnicos junto à Anatel, e engenheiros do mercado, liberados pela fusão Telemar-Brasil Telecom. Mas também engenheiros de outras companhias privadas, que se interessaram pelo desafio de construir uma nova rede.

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Constituído o corpo técnico, outro grande desafio foi a de preparar um planejamento meticuloso de compras, visando reduções de preço, principalmente devido ao emaranhado de regulamentos das licitações públicas.

A primeira contratação, através da MP 495, deu preferência para indústria nacional. Foram adquiridos equipamentos que geram o laser que vai para a fibra ótica, switches, roteadores menores – para transportar o sinal do backbone para as cidades.

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Antes da privatização, o setor tinha 60 fornecedores nacionais; depois da privatização, restaram 13. A crise dos últimos anos apertou mais ainda o setor. As multinacionais remeteram muito recurso para fora, para atender às matrizes; e a fusão da Oi limitou sua capacidade de investimento.

Segundo Santana, quem sobreviveu foi devido ao diferencial tecnológico. Agora, com as novas demandas, essas empresas terão espaço para crescer.

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Ainda hoje, depois de anos de privatização, a Telebras ainda é a 9o empresa brasileira com maior número de patentes registradas.

As vantagens são evidentes, diz Santana. Se quiser mudanças no software de equipamentos chineses ou americanos, levará anos. Com o desenvolvedor nacional, a resposta é instantânea.

E as características brasileiras são diferentes, por exemplo, da Europa. Lá existem distâncias pequenas entre as cidades. Aqui, distâncias continentais, grandes vazios e populações dispersas, obrigando a equipamentos com características fundamentalmente distintas.

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A nova rede permitirá avanços tecnológicos relevantes. Um deles será a tecnologia radiocognitiva. São sistemas de software que permitem ao rádio descobrir a frequência mais adequada para a transmissão do sinal. Essa tecnologia está sendo trabalhada pelo CPqD e será bastante útil em um espectro poluído por muitas ondas sonoras.

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Será ampla a capacidade da nova rede. Os oito roteadores permitiriam em tese o acesso simultâneo de toda a população da China, com 1 mb de capacidade per capita.

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Hoje em dia, diz ele, a velocidade da banda larga não é assegurada pela Anatel. Um serviço oferece determinada banda. Mas, dependendo do número de usuários conectados, a banda efetiva entregue termina sendo muito mais baixa.

No caso do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a velocidade entregue terá que ser efetiva, provavelmente 1 mb para cada usuário.

Coluna Econômica | Enviado por luisnassif, sex, 15/04/2011 - 09:47

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-nova-telebras-e-o-pnbl

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Invenção do Trem

A prefeitura de Curitiba (PR) apresentou orgulhosamente um novo ônibus, que vai começar a circular ainda este mês pelas ruas da cidade, com a responsabilidade de ser o “mais longo do mundo”. É um articulado, com três segmentos, cada qual com a extensão de um ônibus urbano convencional e capacidade total para 250 passageiros.

O veículo é cheio de modernidades. Tantas que seria correto dizer que o danado “só falta falar”, não fosse o fato de que ele fala mesmo. O tempo todo, uma voz no painel orienta o motorista sobre que porta abrir, que deve parar ou partir e assim por diante.

A novidade nos reporta a outro aspecto da questão. Logo, alguém se aperceberá que seria mais barato se o ligeirão, como está sendo chamado o novo ônibus, fosse movido a energia elétrica. Poderia, também, andar sobre trilhos e usar pneu de ferro, que não desgasta, nem fura. E pronto, estará inventado o bonde.

Nas rodovias, sucede a mesma coisa há muitos anos. São os caminhões articulados, com duas carretas, que tomam as estradas. São chamados de bitrens. Mas já se vê alguns com três carretas, puxadas por um único cavalo mecânico, para cargas mais volumosas, mas leves.

Também neste caso, logo alguém se aperceberá que seria mais barato se o tritrem, como está sendo chamado, fosse movido a energia elétrica. Poderia, também, andar sobre trilhos e usar pneu de ferro, que não desgasta, nem fura. E pronto, estará inventado o trem.

Parece brincadeira com assunto sério, mas os casos demonstram o quão insensata foi a opção brasileira pelo abandono do transporte ferroviário. Nas ruas das cidades e nas rodovias, os ônibus e caminhões disputam espaço com uma quantidade cada vez maior de carros de passeio.

O custo dessa opção quase absoluta pela rodovia, vem pesando no caixa dos governantes há bons anos. Não há dinheiro que chegue para a construção e manutenção da malha rodoviária nacional. E nas cidades, mesmo nas menores, outrora pacatas, o trânsito urbano virou um inferno.

Há cidades do interior que chegam ao absurdo de proibirem o uso de animais de montaria ou de tração nas áreas urbanas. A cidade goiana de Cristalina, por exemplo, pune com pesadas multas quem transgredir a proibição.

A única exceção é aberta em dias de festas, como a do Divino Espírito Santo. Mas os cavalos, éguas e mulas, que são parte dos festejos, só podem ficar na área urbana até às 16h daquele domingo. Depois, é multa neles.

Essa cidade está a pouco mais de 100 quilômetros de Brasília, onde um grande número de charretes faz a coleta de materiais recicláveis na própria Praça dos Três Poderes. Também na capital federal, parte do policiamento é feito pelo batalhão montado da Polícia Militar.

Mas, voltando ao trem, sem muito alarde, o complexo ferroviário brasileiro está tomando jeito. E, de fato, tudo indica que em menos de uma década voltaremos a ter uma malha respeitável, transportando cargas e pessoas, com trens modernos, sobre bitolas largas, que permitem maior velocidade e mais segurança.

As obras das ferrovias Transnordestina e Norte-sul estão de vento em popa. A Norte-sul, hoje sob a responsabilidade da empresa Vale, corta a parte norte do País, em linha paralela à da rodovia Belém-Brasília e já está conectada á ferrovia de Carajás, que corta o Pará e o Maranhão.

Essas duas ficarão interligadas à Transnordestina, cujas obras estão a todo vapor, cortando o Nordeste no sentido Oeste-Leste, indo bater em dois anos no porto de Suape, no Pernambuco. Essas obras estão chamando levas de nordestinos, que fazem o caminho de volta, com emprego nas obras e um futuro menos incerto.

Serra Talhada, no oeste pernambucano, a terra onde nasceu Virgulino Ferreira, o Lampião, é exemplo de um caso animador. Ali, as obras dessa ferrovia se encontram com as de transposição do rio São Francisco, promovendo um surto de desenvolvimento nunca visto por ali.

São, enfim, notícias alvissareiras para um país que foi pioneiro no mundo das ferrovias. O apoio de D. Pedro II, o empreendedorismo de gente como o Barão de Mauá e as máquinas e trilhos ingleses deram conta de grandes feitos, já no século 19.

E o erro cometido nas últimas décadas do século passado, em que as ferrovias brasileiras foram jogadas na sucata, tirando o Brasil dos trilhos, está sendo reparado.

E assim, reinventamos o bonde e o trem.

Jaime Sautchuk * | 13 de Abril de 2011 - 0h01

* Trabalhou nos principais órgãos da imprensa, Estado de SP, Globo, Folha de S.Paulo e Veja. E na imprensa de resistência, Opinião e Movimento. Atuou na BBC de Londres, dirigiu duas emissoras da RBS.

http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=3939&id_coluna=91

terça-feira, 12 de abril de 2011

Que diabo é isso

Sob o título "Metrô de SP é o mais lotado do mundo", o Estadão acrescenta mais um tópico ao já superlotado anedotário do pseudojornalismo paulificante.

Fundiona assim:

[______] é o maior [_______] da [______]

Onde o egresso do melhor sistema educacional do [_____] preenche o objeto da reportagem no primeiro campo; a categoria do objeto no seguno campo; e no terceiro campo exercita múltipla escolha:

(A) Do Brasil
(B) Da América do Sul
(C) Da América Latina

Aplica-se a praticamente qualquer tema de reportável a baixo custo, no raio dos poucos quilômetros que podem ser alcançados por um jornalismo de baixo custo mental, profissional, logístico, face aos engarrafamentos, turnos de trabalho e prazos de fechamento do noticiário.

A expressão "11,5 milhões de passageiros transportados a cada quilômetro de linha", por exemplo, significa o que? Por si só, deveria ser motivo de orgulho para qualquer sistema metroviário ou ferroviário, em qualquer parte do mundo. Deveria ser um indicador de eficiência. E talvez tenha sido exatamente esse o objetivo da fonte ("segundo a própria companhia"), frustrado pela reportagem, que fez a opção preferencial por outro enfoque, menos lisonjeiro. E com bons motivos, diante da qualidade do serviço do Metrô SP, cada vez pior.

Mas "número de passageiros transportados", dividido por "quilômetros de trilhos" do sistema, significa necessariamente "superlotação"? Não, se esse volume de transporte fosse realizado por trens maiores, em intervalos menores, ligando estações mais espaçosas, e assim por diante.

Inversamente, um número menor de passageiros transportados poderia, da mesma forma, representar maior superlotação, se os trens forem menores, mais demorados, e as estações mais acanhadas.

"Superlotação" é função de "usuários por metro quadrado", seja nos vagões dos trens do metrô, seja nas plataformas, escadas, catracas e demais espaços destinados ao usuário do sistema -- e não, função do número de passageiros por quilômetro de trilhos.

Uma regra de ouro para obter estatísticas como essa -- máximo rendimento por quilômetro de trilhos -- é velha conhecida dos paulistas, desde a implantação da Sao Paulo Railway, a velha e boa "Ingleza", que tantas lições deixou para quem quisesse aprender.

Primeiro, apossou-se do privilégio de zona -- monopólio, para bom entendedor -- em um ponto fundamental de todo fluxo futuro: a descida da serra do Mar, entre a borda do planalto produtivo e o porto de exportação, via Paranapiacaba.

Feito isso, para que investir mais? Outros que investissem -- e teriam, necessariamente, de tornar-se tributários daquele único investimento inicial, de poucos quilômetros, carreando mais e mais carga para a "Ingleza". A Cia. Paulista, mais tarde, aprendeu a lição, e "generosamente" permitiu que outros investissem no osso (mais e mais trilhos) para lhe trazer o filé (mais carga) a domicílio.

Obtém-se, dessa forma, o funil -- lucrativo para quem monta, "gargalo" para quem precisa: -- o máximo transporte, com o mínimo de investimento em quilômetros de trilhos.

O Metrô SP não deixa de fazer um pouco disso, a seu jeito.

domingo, 10 de abril de 2011

Como a Folha entrou no lobby de Agnelli

VALE TUDO

Noticiário sobre a troca de comando na gigante da mineração foi marcada por declarações não oficiais e pela "barriga" da Folha

COM UMA CERTEZA destemida, a Folha estampou na capa de 30 de março: "Executivo Tito Martins será o presidente da Vale". Não deixou nenhuma porta de saída, como o emprego do verbo "pode" ou "deve". Foi peremptória.

No dia seguinte, o Bradesco, que tem pela Bradespar 21% das ações da Vale, soltou nota negando que tenha indicado Martins para o cargo.

A Folha publicou o desmentido num pequeno texto, mas seguiu desdobrando sua notícia exclusiva ("Indicação esfria 'revolta' dentro da Vale"), com direito a perfil e foto do suposto sucessor de Roger Agnelli.

A alegria do "furo" durou apenas cinco dias, quando Murilo Ferreira foi escolhido para o cargo. No jargão jornalístico, ficou configurada uma "barriga".

A Folha publicou um "erramos", mas continuou acreditando em suas fontes. Contou um bastidor de negociação em que o Bradesco foi "apunhalado" pelo governo e dizia que Dilma sofreu "arranhões" na sua relação com banqueiros.

Murilo Ferreira, que estragou a festa da Folha, foi descrito, por fontes anônimas, como "executivo de pulso fraco", que não aguentou as cobranças duras de Agnelli.

Nenhum concorrente -"Estado", "Globo" ou "Valor"- fez apuração semelhante, o que não significa que a Folha tenha errado, mas acende um alerta: será que a cobertura está enviesada pelo erro inicial?

O noticiário sobre a troca de comando na segunda maior mineradora do planeta foi cheio de "offs". Em 22 de março, o "Estado" noticiou que o ministro Guido Mantega e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro Brandão, discutiram a saída de Agnelli, o que provocou uma grita geral contra o fato de o governo tentar intervir em uma empresa privada.

A versão corrente é que o próprio Agnelli "vazou" a informação desse encontro, numa tentativa de brecar o processo. Ele nega.

Desde então, sem declarações oficiais dos envolvidos, reinou a especulação interessada: que os diretores da Vale pediriam demissão em solidariedade a Agnelli (o que implicaria abdicar, só em bônus de longo prazo, de R$ 3 milhões), que o governo ameaçou colocar um político no comando, que Tito Martins tinha vindo ao Rio inesperadamente.

É muito duro separar o joio do trigo quando há interesses tão grandes em jogo. O "Manual de Redação" diz que a fonte mais fidedigna deve "ter um histórico de confiabilidade com o repórter, falar com conhecimento de causa, estar muito próxima do fato que relata e não ter interesse imediato na divulgação".

Difícil imaginar um ser tão neutro, tão bem informado e tão disposto a ajudar a imprensa em uma negociação que envolve governo, um banco gigantesco e uma empresa que lucra R$ 30 bilhões ao ano.

Folha de S.Paulo - Vale tudo - 10/04/2011

Enviado por luisnassif, dom, 10/04/2011 - 11:04

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/como-a-folha-entrou-no-lobby-de-agnelli

Clipping de notícias:

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Midia já começou a ensaiar anti-islamismo - # LUTO #

O Conversa Afiada reproduz documento vergonhoso organizado pelo insuperável Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades:

1 – Folha de São Paulo:
“07/04/2011 – 10h53
Irmã de atirador diz que ele era ligado ao Islamismo e não saía muito de casa; ele deixou carta suicida
(…)”
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/07/irma-de-atirador-diz-que-ele-era-ligado-ao-islamismo-e-nao-saia-muito-de-casa-ele-deixou-carta-suicida.jhtm


2 – Jornal Extra das Organizações Globo:
“07/04/2011 às 11:24Atualizado em 07/04/2011 às 11:37
Autor do massacre em escola de Realengo se interessava por assuntos ligados ao terrorismo
Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava ao assassino, que estudou na escola.
(…)”
http://extra.globo.com/casos-de-policia/autor-do-massacre-em-escola-de-realengo-se-interessava-por-assuntos-ligados-ao-terrorismo-1525139.html


3 – Colunas Época/O Globo:
“Homem entra em escola e atira em alunos no Rio de Janeiro
10:53 AM, ABRIL 7, 2011
(…)
Segundo a Globo News, a polícia informou que a carta “tinha referências à religião muçulmana”. O site do jornal O Globo cita entrevista do comandante do 14º Batalhão da PM, Djalma Beltrame, à Band News, que afirmou que o conteúdo da carta teria “características fundamentalistas”. “Ele entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo. É um louco. Só uma pessoa alucinada poderia fazer isso com crianças”, disse.
(…)”
http://colunas.epoca.globo.com/falabrasil/2011/04/07/homem-entra-em-escola-e-atira-em-alunos-no-rio-de-janeiro/
4 – Jornal O Globo:
“Publicada em 07/04/2011 às 12h20m
MASSACRE NO COLÉGIO
Atirador que invadiu escola municipal em Realengo é identificado
“(…) Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista.
(…)”
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/atirador-que-invadiu-escola-municipal-em-realengo-identificado-924179565.asp
5 – E o pastor Marco Feliciano, o mesmo que disse que africanos são homossexuais, tenta tirar proveito da tragédia:
“Profecia: Ataque nas escolas. Leia na integra:
http://www.marcofeliciano.com.br/site/?page=materia&MA_ID_MOD=1172
10 minutes ago via web
marcofeliciano – Pr. Marco Feliciano”
http://twitter.com/marcofeliciano/status/56012339455070209 

Leia o texto completo no Conversa Afiada

De onde vem o exemplo? - # LUTO #

A mesma midia que exibe filmes cada vez mais violentos, no desespero de tentar segurar audiência, colhe um acontecimento da maior dramaticidade para capturar durante algum tempo a atenção de milhões de brasileiros.

Que saibam, pelo menos, evitar a espetacularização.

Porque não são personagens artificialmente montadas em Hollwood, nem permitem o distanciamento que pudesse haver em reportagens compradas, sobre pessoas de outros países, "ricos", "primeiro mundo" etc.

São filhos da massa de milhões de telespectadores, os pobres e remediados que representam a maioria dos brasileiros. E que estão chegando ao mercado. E querem chegar à cidadania.

Uma barbaridade que, até agora, não parece que se possa atribuir ao "tráfico", às "drogas", ou qualquer outro rótulo fácil do repertório já surrado por coberturas premoldadas.

Não que o país estivesse livre de massacres e barbaridades. Apenas, não costumam merecer da midia a mesma cobertura, sequer para captar audiência (um paradoxo em um setor voltado para o lucro). Os massacres típicos do que se convencionou chamar de "milícias". Décadas de esquadrões da morte. Massacres de ativistas nas áreas rurais de norte a sul do país. Estes, sequer são noticiados; ou quando são, reduzidos a crime isolado e nebuloso, coisa de quem "se envolve" em badernas.

Mas desta vez não há como atribuir a nenhuma quadrilha, milícia, coronelismo, máfia, poder, corrupção, ideologia, movimento ou categoria, para enquadrar em algum dos roteiros prefixados. O autor parece, até agora, tão perdido quanto suas vítimas, aos olhos da midia.

Parece um drama pessoal. De uma pessoa perdida na massa.

Será discutida a violência dos filmes enlatados exibidos pela TV? A violência banalizada pelo "jornalismo policial"? A violência institucionalizada do aparelho repressivo do estado? A violência feita espetáculo pela midia global?

Aposto 1 centavo que o público será inundado por "especialistas" da mente. De psicopata para baixo.

Nada de questionar como o mundo globalizado gera psicopatas em série, lhes dá o roteiro, promete divulgação e fornece o arsenal.